Fertilidade e trabalho: o que tem a ver?

Benefícios
27/1/2023
Aleksandra Jarocka
Se você é empreendedor ou líder de RH, o mercado de benefícios é um dos principais espaços para prestar atenção nos próximos anos. Só no Brasil, esse mercado deve crescer a uma taxa de 9,05% até 2026, de acordo com um estudo da Technavio. A expectativa é de que sejam movimentados cerca de 5,57 bilhões de dólares nessa área.

Um dos motivos para o boom de investimento nesse campo é o crescente interesse dos próprios empregados por condições de trabalho que valorizem o bem-estar, a flexibilidade e a saúde física e mental. E por mais que os planos de saúde sejam o benefício mais buscado na hora de aceitar uma vaga, eles não cobrem tratamentos de fertilidade – salvo raras exceções.

O SUS, por sua vez, até disponibiliza serviços de fertilidade, como fertilização in vitro, inseminação intrauterina, indução da ovulação, entre outros. No entanto, o processo para conseguir uma vaga pode levar anos e custar muito caro, já que vários dos medicamentos recomendados não são distribuídos gratuitamente. Fora o fato de que apenas 9 hospitais da rede pública brasileira oferecem esses tratamentos. Isso significa que as agendas são muito concorridas e surge a necessidade de grandes deslocamentos para famílias de todo o país.

Mas o que esses tratamentos de fertilidade têm a ver com o ambiente de trabalho? Por que o mercado de benefícios mundial tem dado atenção a essa demanda? No artigo abaixo, você entende o que esses dois mundos têm em comum e como a sua empresa pode se aproveitar disso para reter seus talentos nos próximos anos.

Como os benefícios da fertilidade podem impactar sua empresa e os colaboradores? 

Uma pesquisa feita em 2021 pela RESOLVE, uma associação estadunidense de fertilidade, teve resultados de grande importância para entender a relação entre a fertilidade e o trabalho: 

No Brasil, por mais que ainda não haja pesquisas aprofundadas a respeito do tema, como há em vários outros países do mundo, isso significa que é um caminho de grande potencial a ser explorado ainda. A tendência é que essa demanda também ganhe força por aqui, com o mercado de benefícios se expandindo ainda mais.

Por enquanto, o acesso a benefícios de fertilidade é um grande diferencial para empresas brasileiras – afinal, são poucas as que já se atentaram a essa crescente demanda. Demanda essa que, segundo a pesquisa citada, é um fator determinante para a permanência de talentos nos empregos.

Benefícios de fertilidade e saúde mental: o que tem a ver?

Ainda de acordo com a pesquisa da RESOLVE, 88% dos entrevistados alegam que os obstáculos para a fertilidade e a formação de família afetam negativamente sua saúde mental.

Outra pesquisa, da Fertility in the Workplace, do Reino Unido, teve 56% dos entrevistados afirmando que perderam satisfação no ambiente de trabalho durante tratamentos de fertilidade. Quase dois terços dos entrevistados (60%) sentiram a necessidade de esconder o motivo de ausências no trabalho para consultas e tratamentos de fertilidade.

O tabu criado em cima do tema da infertilidade e de procedimentos de reprodução assistida causa desconforto para milhares de colaboradores de empresas em todo o mundo. E um tema tão relevante na vida pessoal dos empregados não pode ser ignorado de forma tão gritante como tem sido no ambiente de trabalho.

Cabe a líderes de RH e gestores de área a mudança desse mindset, abrindo o diálogo com seus colaboradores e oferecendo acesso a serviços de qualidade na esfera da fertilidade para melhorar a saúde mental de todos.

Benefícios de fertilidade aumentam a diversidade e inclusão na empresa

Mulheres brasileiras têm optado por engravidar mais tarde nos últimos anos. De acordo com as estatísticas do Registro Civil, divulgadas em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de mulheres que têm filhos antes dos 30 anos caiu, enquanto o número de novas mães com mais de 30 anos aumentou entre 2008 e 2018.

É importante lembrar que a taxa de infertilidade em mulheres aumenta de acordo com a idade, como mostram estudos atuais. Então tratamentos de fertilidade tem sido cada vez mais procurados por mulheres que buscam ter filhos mais tarde na vida. Para empresas que querem ser atrativas para as mulheres, é importante entender a fase de suas funcionárias e dar o suporte para a maternidade em cada idade. 

Além disso, pessoas LGBTQ+ não têm as mesmas oportunidades de criar uma família como os casais de pessoas cis e hétero. De acordo com um estudo feito pela Family Equality, 63% dos funcionários LGBTQ+ buscam usar tratamentos de reprodução assistida para criar uma família. 

Portanto, incluir benefícios de fertilidade, adoção e apoio aos seus colaboradores é também incentivar a diversidade da empresa. E isso não somos nós quem está dizendo! O Mercer Fertility Survey Report 2021 mostrou que 79% das empresas que cobrem FIV (fertilização in vitro) acreditam que sua oferta atual de cobertura de infertilidade ajudou a avançar as metas do DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão). 

Inclua o acesso a benefícios de fertilidade para seus colaboradores

Apesar de, à primeira vista, não parecer relevante para gestores do ambiente de trabalho, a fertilidade é uma parte extremamente presente nas vidas de todos os colaboradores de uma empresa.

Escolher tomar ou não anticoncepcional, ter filhos ou não, congelar óvulos ou não… Tudo isso faz parte do dia a dia das pessoas com quem se convive no ambiente de trabalho, e não faz sentido ignorar esse assunto. Afinal, este é um dado relevante para empregados na hora de escolher um emprego para ficar a longo prazo.

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