Ao longo dos seus 20 anos, a ideia de engravidar pode aparecer pela primeira vez, assim como outros questionamentos sobre a vida fértil.
A fertilidade envolve muitos fatores, como idade, identidade de gênero, características genéticas e saúde como um todo.
Mulheres e pessoas com ovários já nascem com todos os óvulos que serão liberados ao longo da vida. Ou seja, não é possível produzir novos óvulos. Isso significa que a quantidade e qualidade desses óvulos existentes diminui com o tempo.
No entanto, estamos engravidando cada vez mais tarde –seja por questões financeiras, por focarmos na nossa carreira, por querermos viver outras experiências antes da maternidade, por não ter um(a) parceiro(a) ou simplesmente por indecisão!
Sabendo disso, é importante entender como avaliar a sua fertilidade (afinal, também se trata de entender o seu corpo), se preparar para o futuro e se cuidar desde já! Construir hábitos saudáveis na casa dos 20 anos pode ajudar a garantir uma fertilidade ótima nos anos seguintes. Quer saber como? Leia o nosso artigo!
Às vezes nos esquecemos do básico, né? As escolhas pessoais de saúde podem afetar diretamente a fertilidade. Veja alguns hábitos que podem afetar positivamente sua vida fértil:
Algumas substâncias são nocivas e podem afetar negativamente a fertilidade. É bom evitar ou diminuir alguns hábitos, como:
Agora, vamos avaliar mais a fundo questões biológicas e seus papéis na vida reprodutiva:
Manter um controle dos seus ciclos menstruais é um jeito simples de monitorar a sua saúde hormonal e reprodutiva. Há muitas formas de rastrear seu ciclo, desde marcar seus dias de menstruação em um calendário até o uso de aplicativos específicos, como Clue, Flo ou Clover.
Geralmente, quando os ciclos menstruais são regulares e consistentes (ocorrendo a cada 21-35 dias), isso sugere que seus hormônios estão em equilíbrio e que você está ovulando todo mês. Os sintomas da ovulação também incluem mudanças na temperatura corporal e cólicas leves no meio do ciclo –um conjunto de informações úteis para entender sua fertilidade.
Se os seus ciclos menstruais são muito irregulares, pode haver algum problema de saúde. Com esse alerta, é essencial buscar um especialista e entender o que causa a alteração no seu ciclo.
Algumas pessoas têm medo de começar a usar anticoncepcional por receio de isso afetar a fertilidade a longo prazo. No entanto, não há motivos para isso! Ainda que métodos contraceptivos como as pílulas anticoncepcionais previnam a gravidez enquanto você usa, eles não afetam a fertilidade futura.
O anticoncepcional de base hormonal funciona regulando ou interrompendo totalmente seu ciclo menstrual. Basicamente, ela mascara o ciclo natural de seu corpo, e então, quando se interrompe o tratamento, podem emergir condições de saúde que antes não eram percebidas. Algumas delas podem ter impacto sobre a ovulação e a fertilidade futura.
As condições de saúde que podem afetar a ovulação, no geral, incluem:
As melhores chances de engravidar na vida fértil de uma mulher são justamente na casa dos 20 anos, quando você tem o maior número de óvulos saudáveis. Um estudo descobriu que entre os 19 e 26 anos de idade, há 79% de chance de gravidez no período de um ano de sexo desprotegido.
Porém, não se sinta sozinha por escolher ter filhos mais tarde: esse movimento é a nova realidade das mulheres brasileiras. Segundo um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado em 2021, em uma década, houve um aumento de 63% na faixa etária de mulheres que foram mães entre 35 e 39 anos, enquanto a taxa de nascimentos entre mães com até 19 anos caiu 23% no mesmo período.
Então se você não estiver pronta para ter filhos na faixa dos 20 anos, você pode pensar em fazer o processo de congelamento dos óvulos. Esse procedimento tem se tornado cada vez mais comum, com muitas mulheres decidindo congelar seus óvulos por razões pessoais ou médicas, em busca da oportunidade de usá-los no futuro.
Por outro lado, algumas pessoas na faixa dos 20 anos ainda podem passar por dificuldades de fertilidade. Qualquer um dos seguintes fatores podem ser indicativos:
A resposta é: depende! De acordo com a idade da mulher, há orientações diferentes sobre quando o “não conseguir engravidar” realmente é uma preocupação.
Então, vamos lá: se você tem até 35 anos e está tentando engravidar há pelo menos 12 meses, é hora de começar a investigar. Se você possui entre 35 e 40 anos, 6 meses de tentativas sem sucesso já indicam a avaliação de um especialista.
Além disso, para aquelas mulheres com 40 anos ou mais não existe um prazo, pois elas devem procurar imediatamente um especialista em reprodução humana, já que as taxas de gestação nessa fase da vida reprodutiva da mulher são um tanto mais restritas.
Porém, vale a pena ressaltar que fatores de risco para infertilidade já previamente diagnosticados, como um fator masculino conhecido – ou seja, alguma infertilidade por parte de um parceiro homem – já são suficientes para buscar um auxílio precocemente.
Uma observação: para considerar que um casal está tendo chances reais de gravidez, é importante que a mulher não esteja em uso de métodos contraceptivos e o casal esteja tendo relações no período fértil.
Uma investigação básica de infertilidade é algo individual para cada casal. Os exames solicitados vão depender de diversos fatores, como a idade da mulher, a presença ou não de algum fator masculino conhecido, o status da reserva ovariana, entre outros.
Porém, de maneira geral, é possível entender a lógica desse processo separando os principais componentes necessários para que uma gestação ocorra, que é quando um óvulo encontra um espermatozoide.
Assim, podemos determinar quais são as peças-chaves desse quebra-cabeças:
1. Óvulo: estamos falando da reserva ovariana, que é capaz de determinar indiretamente a quantidade de óvulos pelo número de folículos. Os folículos, por sua vez, são as estruturas que contém os óvulos e podem ser detectados pelo ultrassom transvaginal em um exame denominado “contagem de folículos antrais”, ou pela análise, em uma amostra de sangue, da quantificação do hormônio antimülleriano.
É importante frisar que esses exames apenas estimam a quantidade de óvulos, e que a sua qualidade depende principalmente e diretamente da idade da mulher. Ou seja, quanto mais jovem, melhor a qualidade do óvulo.
2. Espermatozoide: o espermograma é o principal exame para iniciar a investigação do fator masculino. Ele é feito através da técnica de masturbação, geralmente após um período de 2 a 5 dias de abstinência. Caso haja alguma alteração, um novo espermograma pode ser requisitado, além de outros exames, a depender de cada caso.
3. Tubas uterinas: o encontro do óvulo com o espermatozóide ocorre justamente nas tubas ou trompas uterinas. Assim, é importante avaliar a sua permeabilidade e morfologia. O principal exame utilizado para este fim é chamado histerossalpingografia, no qual uma pequena quantidade de contraste é inserida via vaginal e uma sequência de radiografias é feita para avaliar as tubas.
4. Útero: o interior da cavidade uterina é conhecido como endométrio e é onde o embrião se implanta cerca de 5 dias após o encontro do óvulo com o espermatozóide. Dessa maneira, é importante avaliar a presença de pólipos, miomas ou outros fatores que poderiam prejudicar a implantação e o desenvolvimento de uma gravidez. A ultrassonografia transvaginal e a histerossalpingografia são os primeiros exames adotados na rotina para uma avaliação inicial do útero.
Mas atenção: sem surtar! Nem sempre todos os exames acima são solicitados, e outros não presentes aqui podem ser requisitados. A fertilidade de um casal depende de inúmeros fatores, por isso uma avaliação individual é sempre o melhor caminho para uma jornada reprodutiva de sucesso!
É por isso que ter acesso facilitado a especialistas em reprodução pode te ajudar nesse processo.
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